Na atual era digital, onde cada vez mais o ser humano vem se distanciando do convívio presencial com seu próximo, gestos de cidadania e solidariedade, como doar sangue a exemplo do que foi organizado pela comissão de aprovados no último concurso realizado pela Polícia Militar do DF, neste sábado (30), no Hemocentro, reforça o sentimento que cabe a cada um de nós contribuir para um mundo melhor.
Os futuros policiais militares realizaram a ação social com o intuito de sensibilizar o governador Ibaneis Rocha (MDB) a convocar 1.000 aprovados para fazer o curso de formação da corporação, previsto para o mês de maio. Com a proposta da reforma da previdência, em especial a dos militares, muitos PMs resolveram se antecipar e solicitar a aposentadoria. O receio da tropa é que com a proposta enviada ao Congresso Nacional aprovadas, as perdas sejam irreparáveis e eles não consigam ter condições de viver uma velhice digna e ter o descanso merecido.
O último levantamento divulgado pelo próprio governador Ibaneis Rocha (MDB) revela que o DF, atualmente, possui um déficit de mais de 8 mil policiais militares. Entidades representativas dos PMs temem que esse quadro piore e o serviço prestado à população fique completamente aquém do esperado. A Lei Federal nº 12.086/2009 estabelece que o mínimo de policiais militares na ativa seja de 18,6 mil. Ou seja, temos apenas um pouco mais de 10 mil PMs na corporação.
É por isso que esses aprovados no concurso estão se mobilizando para que a quantidade de convocados para o curso de formação seja de pelo menos 1.000 pessoas. O representante da comissão de aprovados, Leonardo Urcini, destaca que está na hora do GDF agir. “Estamos preocupados com essa situação. O governador Ibaneis Rocha tem que ser coerente no sentido de chamar aos menos 1.000 aprovados no último concurso para fazer o curso. Quem passou no certame está ansioso para contribuir com a sociedade”, ressalta Urcini.
Se os pedidos de baixa continuarem a crescer, é possível que mesmo convocando um bom número de aprovados, a PMDF continue com o seu quadro abaixo do que é previsto pela lei. Os policiais militares são os responsáveis por fazer a segurança ostensiva. Os PMs que atuam diretamente nas ruas, de acordo com as entidades representativas, sofrem com transtornos físicos e psicológicos devido ao desgaste das atividades realizadas, e se aposentam antes do tempo previsto de atuação.
Da Redação com informações do Portal Metrópoles
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