• 28 de março de 2024

Aumentou os ataques a carros-fortes e a bancos em 2017 no Brasil

Pesquisa feita pela Contrasp que vigilantes e empresas de segurança correm mais risco de roubos devido a legislação permitir apenas o uso de armas ultrapassadas e que não intimidam os bandidos.

Em um ano, o Brasil teve o aumento de 68% no número de ataques a carros-fortes e 18,90% nos ataques a bancos. É o que revela a Pesquisa Nacional de Ataques a Carros-fortes e a Bancos de 2017, realizada pela CONTRASP – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Segurança Privada, Federação dos Vigilantes do Paraná e o SindVigilantes Curitiba.

O número de ataques a carros-fortes bateu o recorde em 2017: foram 109 ataques contra 65 ocorrências registradas em 2016. Liderando o ranking nesta modalidade, que vem subindo ininterruptamente, está São Paulo com 22 ataques, seguido de Pernambuco (21), Paraná (11), Bahia (10) e Rio Grande do Norte (9).

Também cresceu o número de ataques a bancos no Brasil. Somam-se 2475 ataques em 2017, uma média de sete investidas diárias, contra 2082 registrados no ano anterior. São Paulo também encabeça a primeira colocação no ranking, com 430 ataques, seguido de Minas Gerais (423), Rio Grande do Sul (183), Paraná (158) e Pernambuco (156).

“O estudo também aponta a migração dos ataques aos carros-fortes, caixas eletrônicos e correspondentes bancários, devido à redução de agências bancárias no país. E não só os números aumentaram, mas a violência nas investidas também. Foi um ano marcado por cenas de terror”, afirma João Soares, Presidente da CONTRASP.

Nestes crimes, operam quadrilhas especializadas, armadas para uma verdadeira guerra. Atuam com armamentos como ar 15, ak47, 762, 556, capazes de derrubar aeronaves.

Em contrapartida, aos vigilantes é permitido apenas o uso de revolver calibre 38, pistola 380 e carabina calibre 12. São armamentos precários, de curto calibre, impossibilitando o poder de resposta ao grande poder bélico dos criminosos e a proteção da própria vida. Neste cenário de guerra, muitos vigilantes foram mutilados.

Esta carnificina na segurança privada levou a CONTRASP, em defesa da vida, a atuar no Senado Federal com o PLS 16/2017, que permite o uso de armamentos de calibres maiores aos vigilantes que estão na mira dos criminosos. Permitindo, quando em serviço, a pistola calibre .40 e, quando em transporte de valores, o fuzil 5,56mm. De grande relevância para combater estes números assustadores, o PLS se encontra em tramitação no Senado.

Matéria da Contrasp

Foto: Google Imagens

Expressão Brasiliense

Read Previous

Deu ibope

Read Next

E lá ficou