Uma adolescente de 16 anos reconheceu o assassino confesso de Pedrolina Silva, João Marcos Vassalo e procurou a 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) para denunciá-lo por tentativa de estupro. Ela seria a terceira vítima do criminoso. A abordagem teria ocorrido na terça-feira (03/09), horas antes de João Marcos tentar cometer violência sexual contra outra vítima, de 18 anos, na QI 29 do Lago Sul.
Segundo o relato da menina, João Marcos a abordou numa parada de ônibus próxima ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e teria dito que a violentaria. No momento do assédio, um ônibus estava a caminho, ela fez sinal de parada e conseguiu embarcar e escapar ilesa. O agressor tentou entrar no veículo, mas foi impedido pelo motorista do coletivo.
Assim que o ônibus partiu com a adolescente, ele passou a perambular pelo Lago Sul, até encontrar uma outra vítima na QI 29. Ele a pegou pelo braço e a arrastou em direção a um matagal ao fundo da Estrada Parque Dom Bosco (EPDB), mas a mulher conseguiu se desvencilhar e bater nele com a tampa de uma caixa térmica. Ela correu em direção à pista e pediu ajuda a dois homens que passavam pela via. Um deles correu atrás de João Marcos, enquanto o outro se dirigiu ao posto da Polícia Militar mais próximo.
João Marcos foi preso em flagrante por uma equipe da PM. Até então, o corpo de Pedrolina permanecia desaparecido. Assim que a Polícia Civil localizou o cadáver, começaram a juntar os pontos e decidiram interrogar o homem, que confessou ter estuprado a vítima, que era funcionária de uma farmácia em Taguatinga, e a matado para encobrir o crime de estupro.
Prisão preventiva decretada
Nesta quinta-feira (05/09), a Justiça do Distrito Federal converteu em preventiva a prisão de João Vassalo. A decisão foi tomada após o preso passar por audiência de custódia na Terceira Vara Criminal de Brasília.
Na decisão, a juíza Lorena Alves Ocampos argumentou que a prisão do criminoso se faz necessária por sua “periculosidade”. “A intenção do autuado de estuprar a vítima [Pedrolina] era clara, não só por seus dizeres, como também por suas atitudes. O modus operandi adotado na execução do delito retrata a periculosidade do autuado”, disse a magistrada.
Matéria adaptada do Metrópoles