• 22 de novembro de 2024

Os bastidores da política brasileira

Flávio Bolsonaro promete restaurar a verdade sobre vazamento de operação da PF

Foto: REUTERS/Adriano Machado

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) vai prestar depoimento na próxima segunda-feira (20) sobre os supostos vazamentos da Operação Furna da Onça, deflagrada pela Polícia Federal, em novembro de 2018. O “01” de Bolsonaro não está sendo investigado no âmbito dessa operação e vai depor a um procurador da República na condição de testemunha.

A assessoria do parlamentar divulgou nota, ontem (18), informando a data do depoimento “para que a verdade seja restaurada o mais rápido possível”. O Ministério Público Federal (MPF) investiga as declarações dadas pelo empresário e pré-candidato à prefeitura do Rio, Paulo Marinho (PSDB), de que o “01” da família presidencial foi previamente avisado sobre a operação.

Em entrevista, Malafaia crítica Bolsonaro

A Agência Estadão Conteúdo divulgou uma entrevista, neste domingo (19), em que o líder evangélico Silas Malafaia faz críticas ao presidente Jair Bolsonaro. Na entrevista, Malafaia diz que seria um estúpido se concordasse com tudo que Bolsonaro prega. “Jesus não menosprezou a ciência. Menosprezar o conhecimento e a ciência é ser alienado”, afirmou o pastor. Confira a entrevista na íntegra divulgada pelo portal Terra. Clique aqui.

As declarações de Malafaia estão fora do tom habitual que estamos acostumados a ver quando ele se refere ao presidente. Seria o início de um distanciamento ou uma jogada combinada entre eles? No mundo da política é comum haver traições e também movimentações arquitetadas para que ninguém se machuque com o fim da relação ou apoio. Que seja feita a vontade de Deus!

Partidos começam a se movimentar de olho na presidência do Senado e Câmara

As articulações para escolher quem vai sentar nas duas cadeiras mais importantes do Congresso Nacional a partir de fevereiro do próximo ano já estão acontecendo nos bastidores. Dessa vez, os partidos querem ter o controle da situação, principalmente, na Câmara dos Deputados que é onde muito se fala em Frente Parlamentar disso e daquilo outro, o que acaba diminuindo a força e influência das siglas. No Senado, os partidos têm um peso significativo. Por exemplo, uma bancada com quatro senadores de um mesmo partido conseguem ocupar boas posições em comissões e até nomear apadrinhados. Dependendo da condução da conversa lá na Câmara, um partido pode levar esses dois cargos tão cobiçados ou um outro que garanta estar sempre por perto das articulações e decisões. No frigir dos ovos, o que importa é estar dentro e comer sua fatia do bolo, senão fica de fora e com fome.

Hora de cobrar a fatura do Centrão com a reforma tributária

Com a proposta de criação de um imposto sobre as transações digitais, o governo Bolsonaro vai cobrar fidelidade dos partidos do Centrão. O ministro Paulo Guedes ao anunciar que entregará na próxima terça-feira (21) o projeto da reforma tributária para o presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), defendeu a taxação de 0,2% para compensar a redução de impostos. O problema que muitos parlamentares já estão se envolvendo com as eleições municipais deste ano e sabem que o eleitor não vai querer ouvir falar em aumentar ou criar impostos e, sim, diminuir. Já que o governo pagou caro, e arcou com as consequências do desgate político para ter o Centrão mais próximo, é hora de devolver a fatura e cobrar. Dessa forma, divide-se o ônus  da tributação que já está sendo chamada de “nova CPMF”. 

Para Refletir 

“Neste mundo nada pode ser dado como certo, à exceção da morte e dos impostos”, Benjamin Franklin (1706-1790), foi um filósofo, escritor, jornalista, diplomata e cientista norte-americano. Foi um dos líderes da Revolução Americana. 

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