Parece que o caldo engrossou lá pelas bandas dos palácios do Planalto e da Alvorada. A vida do capitão não deve estar sendo nada fácil nesses últimos dias. Se 2020 não foi um bom ano para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), 2021 tem tudo para ser pior e 2022, se ele não conseguir reverter a situação, poderá ser o fim de sua carreira política.
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E o culpado disso tudo é ele mesmo. Suas atitudes e declarações nesses dois primeiros anos de mandato não foram tão convincentes. E para piorar, o surgimento da pandemia do coronavírus agravou ainda mais. Bolsonaro praticamente desdenhou da doença que já matou mais de 300 mil pessoas no Brasil. Ele tem sido um crítico ferrenho das ações de combate à covid decretadas pelos governadores, chegou até a questionar alguns na Justiça, mas acabou perdendo.
Além dessa falta de traquejo e postura em lidar com a pandemia, Jair Bolsonaro não esperava que o ex-presidente Lula fosse ressurgir com uma fênix ao ponto de fazer frente às suas pretensões de se reeleger em 2022. O petista sabe quais são as vias que podem levá-lo novamente ao Planalto e usará da tática de se vitimizar para comover o povão. Bolsonaro estava em ascensão no Nordeste, mas com a entrada de Lula no cenário, pode perder tudo que conquistou.
Mas, o presidente-capitão está tentando juntar os cacos e buscando se levantar para não passar vergonha nas urnas no próximo ano. O burburinho do momento em Brasília é que a manifestação pública de insatisfação por parte de banqueiros, empresários, ex-ministros e economistas fez com que Jair Bolsonaro e sua turma ligassem o sinal de alerta e passaram a anunciar medidas mais prudentes. No pronunciamento que fez esta semana em rede nacional, o presidente surgiu com uma nova postura. Será se ele acordou ou está com medo de perder? Só o tempo nos dirá se sairá vitorioso ou será sepultado.