Após sancionar a lei que criou o novo Minha Casa, Minha Vida, reformulado com unidades maiores, juros menores e faixas de renda ampliadas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu dignidade nas moradias destinadas às pessoas de baixa renda. Ele citou facilidades como varanda, acesso a lazer, ventilação e luz natural, além de proximidade de serviços públicos como transporte e escola.
“Em vez de levar o povo para morar 20 quilômetros distante do centro da cidade, leve o povo para onde já tem escola, asfalto, energia elétrica e linha de ônibus”, disse, defendendo também a adaptação de imóveis públicos abandonados para serem usados como unidades habitacionais. Só do INSS, disse, são cerca de 3 mil.
Em cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente da República lamentou o “déficit habitacional crônico” do Brasil e comemorou o fato de o programa criado em seu segundo mandato, em 2009, ter entregue seis milhões de unidades e iniciar nova etapa agora para erguer mais dois milhões até 2026.
“Hoje, ouço falar que temos déficit ainda de seis a sete milhões de casas, mesmo com o Minha Casa, Minha Vida fazendo seis milhões de casas. Isso demonstra a necessidade de o Estado se sentir obrigado a fazer essa reparação para garantir que as pessoas tenham acesso a uma casa. É muito difícil a pessoa pobre ter que mudar todo ano”, declarou.
O presidente definiu como “extremamente importante” a nova modelagem de casas para atender a uma parte da sociedade brasileira, com unidades de 40 metros quadrados na área rural e 41,5 metros quadrados na área urbana, e fez apelo para que os envolvidos zelem pela qualidade do que vão entregar.
“Esse é meu compromisso com o povo brasileiro. Entregar esse país sadio, economicamente forte, politicamente respeitado, com o povo vendo a Constituição sendo cumprida pelas instituições e as instituições cumprindo o que é sua obrigação. O presidente governa, o legislativo legisla e o judiciário julga. O resto é conversa fiada”, resumiu.
MOMENTO EXCEPCIONAL — Lula comemorou o momento de otimismo do país, com a economia crescendo e o preço dos alimentos caindo. Voltou a defender a queda nos juros para que haja crédito para novos investimentos e destacou a necessidade de o país ter estabilidade social, política e econômica.
“Tudo isso está acontecendo num momento excepcional do Brasil. Parece que o país voltou a se encontrar com a normalidade. As pessoas estão voltando a ter direito de ser feliz, a ter esperança e a sonhar. As pessoas percebem que a economia começa a melhorar, que o preço de alimentos começou a cair”, disse celebrando aprovações do Congresso que terão impacto positivo na economia.
Segundo o presidente, se todos souberem aproveitar o momento histórico que o país vive, essa será a década do Brasil. “Se soubermos lidar com carinho, essa será a década do Brasil. Vamos recuperar o prestígio internacional, voltar a ter aumento de salário e respeito na rua. Cada um de nós vai ser o que quiser ser e a gente vai ter que respeitar. Isso é a democracia exercida em sua plenitude”, disse, pedindo também o fim da violência e das mentiras. “As pessoas só querem viver em paz e com tranquilidade”.
(Planalto)
Foto: Ricardo Stuckert/PR
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