O sistema de saúde do Amazonas é hoje o retrato do que pode haver de mais assustador, até o momento, entre as consequências da pandemia do coronavírus. Por falta de vagas e de pessoal, os hospitais não conseguem atender todos os pacientes.
O governo do estado já declarou que o sistema de saúde do Amazonas está entrando em colapso pela falta de pessoal de saúde e pela ocupação dos leitos. O hospital Delphina Aziz, em Manaus, é referência no tratamento da doença e está lotado. Os três hospitais de apoio na cidade também. E os prontos-socorros só atendem apenas casos considerados muito graves.
E os números do estado continuam subindo. Já são mais de 2 mil casos e quase 190 mortes.
O hospital de campanha montado exclusivamente para receber pacientes com a Covid-19 está funcionando desde sábado com 50 leitos clínicos e 16 UTIs. Pode chegar a 400 leitos. O Ministério Público de Contas investiga se houve superfaturamento na compra de 28 respiradores. Enquanto o governo federal pagou R$ 57 mil por cada aparelho, o Amazonas gastou R$ 106 mil pelo mesmo equipamento.
O vice-presidente Hamilton Mourão se reuniu com o governador Wilson Lima, PSC, e o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, PSDB, para discutir medidas contra o coronavírus, mas saiu sem dar entrevistas.
O governo do Amazonas afirmou que está convocando 704 técnicos de enfermagem, já aprovados em concurso, e 517 profissionais de saúde que passaram para o Corpo de Bombeiros. O estado declarou ainda que aguarda novos reforços do governo federal.
Sobre a compra de insumos e equipamentos, o governo do Amazonas afirmou que fornecedores elevaram os preços por causa da pandemia, que tem consultado diariamente várias empresas e que age com total transparência.
(G1)