• 10 de setembro de 2025

Tarifaço de Trump: Suprema Corte dos EUA vai decidir sobre legalidade da medida

A Suprema Corte dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira (9) que vai decidir a legalidade das tarifas de importação impostas pelo presidente Donald Trump, em um julgamento que pode definir os limites do Poder Executivo na condução da política econômica e comercial do país.

Os juízes aceitaram o recurso do Departamento de Justiça contra uma decisão anterior que considerou que Trump extrapolou sua autoridade ao aplicar a maior parte das tarifas com base em uma lei federal de 1977, originalmente destinada a situações de emergência nacional.

Caso envolve trilhões de dólares em tarifas

O caso tem impacto bilionário e envolve tarifas que podem gerar trilhões de dólares em importações na próxima década. A Suprema Corte, que inicia um novo mandato em 6 de outubro, marcou os argumentos orais para a primeira semana de novembro, em um cronograma acelerado.

Além disso, os juízes também vão analisar uma contestação apresentada pela empresa de brinquedos Learning Resources, que questiona a legalidade das taxas impostas pelo governo.

Guerra comercial e uso inédito da lei de 1977

As tarifas de Trump fazem parte da guerra comercial iniciada desde sua volta à Presidência, em janeiro. A medida tem provocado tensão com parceiros internacionais, aumentado a volatilidade nos mercados financeiros e gerado incerteza sobre a economia global.

Trump tem usado as tarifas como instrumento estratégico de sua política externa, buscando renegociar acordos, conquistar concessões e pressionar rivais comerciais.

A lei de 1977, base para a ação, foi criada para enfrentar “ameaças incomuns e extraordinárias” em emergências nacionais. Historicamente, ela foi usada para impor sanções ou congelar bens de inimigos, mas nunca havia sido aplicada para criar tarifas de importação até a gestão Trump.

O que está em jogo no julgamento

O Departamento de Justiça defende que o dispositivo legal autoriza o presidente a regular importações em caso de emergência, e advertiu que limitar esse poder poderia deixar os Estados Unidos vulneráveis a retaliações comerciais e até provocar uma “catástrofe econômica”.

Por outro lado, opositores afirmam que a Constituição americana concede ao Congresso, e não ao presidente, a autoridade para criar impostos e tarifas, ressaltando que qualquer delegação de poder deve ser “explícita e limitada”.

Trump declarou que, se perder no julgamento, os EUA poderão ser forçados a rever acordos comerciais, o que causaria “graves prejuízos” à economia do país.

Com informações da Reuters

Foto: Reprodução/Google Imagens


Acompanhe o Expressão Brasiliense pelas redes sociais.

Dá um like para o #expressaobrasiliense na fanpage do Facebook.

Siga o #expressaobrasiliense no Instagram

Inscreva-se na TV Expressão, o nosso canal do YouTube.

Receba as notícias do Expressão Brasiliense pelo Whatsapp.

Read Previous

Agência do Trabalhador: Mais de 600 oportunidades disponíveis para quem procura emprego nesta quarta (10)

Read Next

Classificada para a Copa de 2026: Seleção perde para a Bolívia e encerra sua pior campanha em Eliminatórias de sua história

error: A reprodução ou cópia deste conteúdo é proibida sem prévia autorização deste portal.