A Avast comunicou na quinta-feira (5) que bloqueou mais de 7 mil tentativas de ataques a roteadores no Brasil durante o mês de novembro. De acordo com a marca, o objetivo dos hackers seria modificar as configurações de DNS dos dispositivos e, assim, redirecionar os usuários para páginas falsas. Entre os exemplos citados pela Avast nesse caso de phishing estão sites de bancos, servidores de e-mail e até serviços de streaming.
Vale ressaltar que o problema de segurança afeta os roteadores, e não os serviços em si. Dessa forma, é necessário ressaltar a importância de manter as senhas de acesso ao Wi-Fi e às páginas de interface dos dispositivos wireless atualizadas. Outra dica é atentar aos links acessados, evitando endereços desconhecidos ou suspeitos.
Como os ataques funcionam
Segundo a Avast, o ataque, conhecido como CSRF (sigla em inglês para falsificação de solicitações entre sites), tem início no acesso a sites contendo anúncios maliciosos. Essas publicidades, que são geradas por redes de terceiros, redirecionam o usuário a um site que executa o kit de exploração do roteador, e, a partir daí, o processo acontece em segundo plano, sem que o usuário perceba.
Em caso de sucesso, o kit consegue infiltrar o sistema interno do dispositivo e realiza o processo de ataque que dá aos invasores o controle sobre o DNS. A empresa de segurança identificou até mesmo um link bit.ly que aponta para essas páginas de infecção, registrando 222 mil acessos na segunda quinzena de novembro.
A partir daí, com acesso ao aparelho, os criminosos podem redirecionar o tráfego de rede para versões falsas dos sites mais visitados pelo usuário, simulando os endereços reais e muitas vezes passando despercebidas. Dessa forma, o usuário é induzido ao erro e insere suas informações de login e senha, e os hackers têm acesso a dados a respeito de contas bancárias, pagamentos, entre outros.
Como se proteger
A Avast observa que 43% dos usuários brasileiros nunca acessaram as interfaces de controle do roteador. Portanto, é uma tendência no país que os aparelhos continuem com as senhas padrão das fabricantes, o que aumenta o nível de risco e torna a vida dos criminosos mais fácil. Além de trocar as senhas e o login de acesso à rede, outra medida importante é manter o firmware atualizado.
Outra dica é desconfiar de sites com anúncios invasivos, além de evitar clicar em links suspeitos distribuídos por e-mail e conferir o endereço URL de sites que você acessa, principalmente aqueles que precisam de dados pessoais ou informações sensíveis. Usar uma ferramenta de antivírus atualizada também é uma boa precaução para evitar problemas do tipo.