• 30 de abril de 2024

NÃO HONROU O COMPROMISSO | Depois de prometer hospital de campanha, Fecomércio-DF faz cara de paisagem

Uma das entidades que mais pressionou o governo do Distrito Federal (GDF) a liberar a volta das atividades do comércio, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-DF), sob o comando do empresário Francisco Maia, não cumpre com o acordo de erguer hospital de campanha com 400 leitos para ajudar a atender à população em meio à crise da pandemia da Covid-19.

Faz praticamente um mês que o presidente da Fecomércio-DF assinou um protocolo de intenções junto ao GDF onde se comprometia a erguer o hospital temporário em até 30 dias. Na época, Chico Maia, como é conhecido o dirigente da entidade, disse que a Federação já estava pronta para iniciar as obras e que a unidade iria ser um “espaço destinado para o tratamento de pacientes com Covid-19, encaminhados pelo sistema público de saúde do DF”.

Na proposta apresentada por Chico Maia, o hospital de campanha teria 400 leitos, sendo 360 de internação clínica e 40 leitos de tratamento semi-intensivo. A Fecomércio-DF prometeu investir R$ 40 milhões no referido hospital que seria voltado para atender os comerciários e a população de baixa renda.

Apesar do Distrito Federal ser uma das unidades da Federação em que o coronavírus está sob controle, na segunda-feira (15), a ocupação dos leitos de UTI para tratamento de covid-19 chegou a 64%, o índice mais alto desde o início da pandemia no Distrito Federal.

Hoje, o GDF conta com um hospital de campanha instalado no Estádio Mané Garrincha que tem 200 leitos. Além dele, o governo Ibaneis vai construir um hospital de campanha em Ceilândia, São Sebastião, na Papuda e vai adaptar o hospital da Polícia Militar para receber pacientes com Covid-19. O Hospital Regional de Ceilândia será ampliado graças a parceria com a JBS.

No corredores do Palácio do Buriti, a falta de palavra do dirigente da Fecomércio-DF decepcionou a cúpula do governo. Ao mostrar que seria uma aliada de primeira hora, a entidade teve a audácia de pedir ao GDF a cessão de testes rápidos para ser aplicados nos trabalhadores para que o comércio pudesse voltar a funcionar. O governo cumpriu a sua parte e cedeu o material, porém, a Fecomércio-DF está fazendo cara de paisagem e se omite de cumprir com a promessa de ajudar a salvar vidas no DF. A entidade nem sequer agradeceu a ajuda do GDF.

Pelo visto, a Fecomércio-DF prefere ficar queimada com a população e com o GDF do que colaborar no enfrentamento à pandemia.

Da Redação

Expressão Brasiliense

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