• 26 de abril de 2024

O FINO DA POLÍTICA | Além da crise do coronavírus, Bolsonaro também tem que encarar o jogo político de líderes do Congresso

Ninguém falou que seria fácil, mas o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) a cada dia que passa vem sendo testado com mais intensidade. A crise gerada pela pandemia do coronavírus se tornou um desafio e tanto para o presidente e sua equipe. Se conseguir superar a doença e equilibrar a economia do país nos próximos anos, em 2022, não tem para ninguém, é Bolsonaro na cabeça. Mas, até lá, o nosso presidente vai ter que ser mais hábil politicamente. 

O problema é que até o fim do mandato, Bolsonaro tem muitos obstáculos pela frente. E um dos mais difíceis se chama Congresso Nacional. O parlamento brasileiro, apesar de ter passado por uma renovação nas últimas eleições, continua sendo dirigido por um grupo de líderes partidários que sabem pressionar o Executivo como muita presteza. Os caciques do Congresso não se intimidam e posam para as câmeras como se nada estivesse acontecendo, pois costumam agir dentro das regras constitucionais. 

Por isso, é preciso que Jair Bolsonaro tenha mais tato e sutileza para lidar com situações adversas que comprometem o seu desempenho como gestor e de seu governo. A retirada da MP que institui o contrato verde e amarelo da pauta de votação no Senado, na última sexta-feira (17), foi uma retaliação por parte daqueles que queriam a manutenção do ex-ministro Mandetta no governo. Antes da troca de comando na pasta da saúde, a agenda de votações no Congresso estava ocorrendo dentro da normalidade. Ou seja, os congressistas mostraram ao presidente que eles podem se tornar uma pedra no caminho do governo se não forem ouvidos. 

A postura dos líderes é uma prática antiga dentro do Congresso e que é condenada por Bolsonaro e seus apoiadores. Portanto, o presidente e seus auxiliares devem evitar o distanciamento e achar a melhor estratégia para se relacionar com o Legislativo, pois, na maioria das vezes, vai precisar aprovar medidas e projetos que vão contribuir para o sucesso de ações planejadas para fazer com que o país cresça. É hora de deixar as vaidades de lado e sentar para embaralhar as cartas do jogo do político para tentar se levantar da mesa como campeão ou se não pode se preparar para rodadas cada mais difíceis e duras. Um bom jogador, sabe recuar para ganhar lá na frente. Vamos ver quem vai jogar a próxima carta sobre a mesa.

Por José Fernando Vilela

Expressão Brasiliense

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