• 28 de março de 2024

AGORA VAI | Izalci Lucas foi escolhido o relator da CPI do acidente da Chapecoense

O trágico acidente que matou 71 pessoas que estavam no avião da LaMia que transportava o time da Chapecoense em 2016 para a partida final da Copa Sul-americana na Colômbia será investigado por uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) no Senado Federal. No último dia 26, o presidente da casa, senador Davi Alcolumbre (DEM/PA), designou o seu colega de parlamento Izalci Lucas (PSDB/DF) como relator da comissão. O presidente será o senador Jorginho Mello (PL/SC).

O acidente que completou três anos no dia 28 de novembro, ainda não puniu os responsáveis pela queda do avião e algumas famílias das vítimas não foram indenizadas. O trabalho da CPI será extremamente importante para que autoridades da Bolívia, país que autorizou a empresa responsável pelo avião, a LaMia, a operar, sejam cobradas quanto a agilidade no pagamento das indenizações às famílias por parte da seguradora e também da empresa. A comissão terá seis meses para realizar seus trabalhos.

O relator escolhido, senador Izalci Lucas, já está trabalhando no Senado para que os líderes partidários indiquem os membros que irão integrar a comissão para que ela seja instalada ainda neste ano. “Nossa ideia é instalar a CPI antes mesmo do recesso deste ano. Pedi aos líderes que indicassem os membros pra instalarmos o quanto antes. Vou me reunir com o senador Jorginho para definir como serão os trabalhos”, disse o senador.

Izalci Lucas aponta que a CPI quer dar celeridade ao pagamento das indenizações. “É um assunto de extrema urgência, pois há famílias que passam até por dificuldades financeiras enquanto aguardam essas indenizações. Queremos responsabilizar os culpados e cobrar o quanto antes o apoio às famílias que não entraram em acordo”, ressaltou o parlamentar.

A CPI deverá intimar os representantes da LaMia e da AON, corretora de seguros que deveria ter indenizado as vítimas, além de autoridades bolivianas e da Colômbia.

A AON cobrava US$ 300 milhões pelo seguro das aeronaves da empresa bolivariana. No começo de 2016, a LaMia atrasou o pagamento e chegou a ser proibida de operar, até fazer a renegociação do valor, que caiu para US$ 25 milhões. O acidente com o avião da Chapecoense ocorreu no mesmo ano.

Os familiares buscam responsáveis pelo acidente para conseguir as indenizações e chegaram a mover ações nos Estados Unidos. Além disso, 23 das 71 famílias aceitaram receber 1 fundo humanitário criado pelas seguradoras envolvidas. O valor oferecido foi de US$ 225 mil. Ao assinar o documento, os parentes das vítimas teriam que abrir mão de tentar resolver o caso na Justiça.

A CPI a ser instalada no Senado vai ter muito trabalho pela frente. Um dos poucos sobreviventes da tragédia, o jogador Neto está acompanhando de perto as movimentações nos bastidores para que a comissão ajude as famílias das vítimas. Ele participou da reunião em que Alcolumbre designou o senador Izalci Lucas como o relator da comissão.

Da Redação com informações do Poder 360 e DFSportsMais

Expressão Brasiliense

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