• 29 de março de 2024

APÓS CORONAVÍRUS | FGV aponta que home office deve crescer 30%

Como o modelo de trabalho será impactado e quais oportunidades vão nascer após o novo coronavírus (COVID-19)? Para responder essas perguntas, o diretor-executivo da Infobase e coordenador do MBA em Marketing e Inteligência de Negócios Digitais da Fundação Getulio Vargas, André Miceli, desenvolveu o estudo “Tendências de Marketing e Tecnologia 2020: Humanidade redefinida e os novos negócios”.

Segundo André Miceli, o home office deve crescer 30% após a crise do coronavírus e é fundamental que os líderes de negócios pensem, testem e compreendam que a tecnologia é, cada vez mais, um ativo humano. O especialista cita como exemplos, o e-commerce e o ensino à distância, que em geral, devem crescer 30% e 100%, respectivamente. O estudo da Boston Consulting Group (BCG), em conjunto com Bureau of Labor Statistics dos Estados Unidos, estima que mais de 300 milhões de pessoas ao redor do mundo estejam trabalhando remotamente devido à pandemia da COVID-19.

“Diante desse novo cenário, torna-se necessário entender que o passado não é mais um guia para o futuro. O primeiro passo para navegar em um ambiente de mudança é elaborar uma estratégia de crise para resolver prioridades, depois preparar uma estratégia de recuperação e esboçar uma estratégia pós-crise”, explica o especialista.

O que muda nas relações de trabalho?

Miceli ressalta que a adoção emergencial do home office foi a principal delas e com isso as culturas organizacionais e estruturais tendem a mudar. Para ele, a modalidade é um caminho sem volta.

“O home office já se mostrou efetivo. Aliado a isso, você tira carros da rua, você desafoga o transporte público, você mobiliza a economia de outra forma. E você faz com que as pessoas tenham mais tempo para cuidar da saúde delas e que elas possam usufruir de coisas que lhe dão prazer. Sem que você tenha uma redução das entregas e do faturamento”, ressalta o professor da FGV.

Ferramentas para enfrentar a crise?

André Miceli aponta que em um momento de instabilidade, como o da pandemia, é preciso ser flexível com estruturas e modelos corporativos para prosperar. Portanto, a comunicação, de acordo com ele, deve ser centralizada em canais específicos para que instruções claras sobre procedimentos continuem na rotina dos clientes, consumidores e colaboradores.

“A adoção de metodologias ágeis também permite uma resposta mais rápida aos novos desafios do dia a dia. O processo de análise, reorganização e tomada de decisão precisa acompanhar o ritmo das mudanças”, destaca André Miceli.

Novas fontes de receita

Nesse cenário, o diretor da Infobase afirma que ter uma reserva de patrimônio será muito importante, porém, não é possível medir quando a situação econômica estará restabelecida.

“Por isso, é importante que as empresas busquem novas fontes de receita, principalmente as que gerem maior liquidez, para conseguir direcionar investimento de forma ágil para as áreas da empresa mais afetadas e deficitárias”, alerta André Miceli.

Confira o estudo completo aqui.

(Portal Hardware.Com)

Expressão Brasiliense

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