• 28 de março de 2024

Polícia Civil do DF desarticula grupo que aplicava golpes milionários pela internet

A Polícia Civil do DF, por meio da Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes (CORF/PCDF), identificou uma associação criminosa que causou prejuízo estimado em cerca de R$ 6 milhões em sites de vendas pela internet. Duas pessoas foram presas no Cruzeiro Velho. Outros integrantes do grupo ainda estão foragidos.

De acordo com a CORF, os estelionatários lesaram pelos menos mil consumidores, dentre pessoas físicas e jurídicas, somente este ano no Distrito Federal e em outros Estados da Federação, mediante falsificação de boletos bancários.

O golpe, segundo o delegado da CORF e responsável pelas investigações, Rodrigo Carbone, consistia em falsificar boletos bancários por meio do monitoramento fraudulento de e-mails enviados pelos fornecedores e recebidos pelas vítimas. “Elas recebiam boletos bancários de compras efetuadas em sites e lojas virtuais ou mesmo de fornecedores físicos já conhecidos. Porém, antes de efetuarem o pagamento, recebiam um segundo boleto, já adulterado, contendo um outro código de barras, na maioria com valor inferior em relação ao primeiro boleto emitido.

A partir da denúncia de um empresário do DF, de 30 anos — que prestou depoimento na CORF—, a fraude se concretizava quando as vítimas realizavam o pagamento desse segundo boleto, supostamente enviado pelo fornecedor, mas, na verdade, por conta da adulteração, os pagamentos eram de produtos diversos (celulares, computadores e cervejas especiais), adquiridos pela quadrilha por meio de laranjas com perfis fakes.

Na residência do Cruzeiro, os agentes realizaram a apreensão de várias mercadorias adquiridas pelo grupo de maneira fraudulenta. “No local, verificamos que havia muitos produtos expostos na garagem da casa. O endereço servia de fachada, pois demonstrava residir uma família, com a presença de crianças, mas teria sido alugada pelo grupo para receber e armazenar os objetos avaliados em pelo menos R$ 700 mil, destaca Carbone.

“As investigações também apontaram que, diariamente, o grupo recebia, em média, dez mercadorias nesse endereço, todas adquiridas por meio dos golpes aplicados”, conta o delegado.

Na ocasião das buscas no endereço, duas mulheres foram presas em flagrante, acusadas de integrar a associação criminosa. O marido de uma delas, proprietário de uma loja de pesca, localizada em um shopping da Asa Norte, além do sócio dele, são acusados de gerenciar os golpes e, por esse motivo, estão foragidos até o momento.

Segundo o delegado, as investigações continuam visando à identificação de mais pessoas ligadas à quadrilha, inclusive moradores de Goiânia/GO. “Novas prisões poderão ocorrer a qualquer momento”, finaliza.

Matéria da Divicom/PCDF

Foto: Divulgação/Divicom-PCDF

Expressão Brasiliense

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