• 28 de março de 2024

PCDF prende dirigentes de Cooperativas que agiam em Santa Maria vendendo lotes de programas do GDF

Associar-se em uma cooperativa ou associação habitacional não é o melhor caminho a se percorrer para adquirir um imóvel no DF. Na manhã desta sexta-feira (21), a Polícia Civil do DF deflagrou a Operação Alto Comando que investiga membros de entidades habitacionais (associações e cooperativas) que se associavam com corretores de imóveis, servidores da administração de Santa Maria e ex-servidores da Companhia Habitacional do DF (Codhab) para vender lotes de programas do GDF.

De acordo com os investigadores, mais de 200 lotes do programa destinados à quadra QR 119 de Santa Maria foram negociados. Eles teriam sido oferecidos pelo grupo por cerca de R$ 70 mil cada. “Há indícios, também, da atuação do mesmo grupo criminoso em vendas irregulares de lotes do programa Pró-DF na mesma região administrativa”, afirma a polícia.

Esses lotes do Pró-DF foram supostamente oferecidos entre R$ 800 mil e R$ 3 milhões, dependendo do tamanho e da localização.

Para a polícia, há indícios de estelionato majorado, associação criminosa, corrupção passiva e ativa. Até a publicação desta reportagem, não havia detalhes sobre quantas pessoas teriam comprado os lotes no esquema.

As buscas da operação desta sexta ocorrem em endereços de investigados, na sede da administração de Santa Maria e na sede da Codhab. Os mandados foram autorizados pela Justiça de Santa Maria.

São procurados documentos e arquivos que possam comprovar a prática de crime e indícios se o grupo tinha vínculo ou não.

O nome da operação faz alusão ao fato de os investigados se auto intitularem membros do “Alto Comando da região de Santa Maria”.

Policial Civil na presidência da Codhab

Deve ser por essa e outras razões que fizeram o futuro governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), indicar o ex-distrital e policial civil aposentado, Wellington Luiz (MDB) para ser o presidente da Codhab em seu governo.

Ibaneis deu declarações recentes que as associações e cooperativas habitacionais do DF não serão atendidas em seu governo justamente devido às ilicitudes que envolvem os dirigentes dessas entidades.

Atualmente, a Lei Distrital nº 3.877/06 determina que 40% dos lotes destinados a programas habitacionais de interesses sociais sejam para

entidades habitacionais. Pelo visto, a lei deverá ser revogada por Ibaneis.

Quem conhece o movimento habitacional do DF sabe que é comum ver os dirigentes envolvidos com políticos em busca de apadrinhamento para continuar agindo e são vistos circulando em carrões de luxo e caminhonetes, enquanto seus associados têm que se virar para pagar as taxas irregulares cobradas por eles e ainda o aluguel já que demoram a ser atendidos, pois quem paga mais é contemplado primeiro.

Da Redação com informações do Portal G1

Foto: Reprodução da matéria

Expressão Brasiliense

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