• 28 de março de 2024

Futuro secretário de Saúde quer criar vigilância interna por câmeras em hospitais e UPAs do DF

Indicado pelo governador eleito Ibaneis Rocha (MDB) como futuro secretário de Saúde do Distrito Federal, Osnei Okumoto informou, nesta segunda-feira (3), que estuda implementar salas de monitoramento em todos os hospitais e Unidades de Pronto de Atendimento (UPAs) do DF.

Okumoto, atual chefe da Secretaria Nacional de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, diz que as câmeras permitiriam controlar as escalas e os serviços prestados – saber se o servidor cumpriu horário e quantos atendimentos realizou no turno, por exemplo.

“Essas salas têm de oito a dez telas, que podem mudar de ambiente, e a gente consegue monitorar todos os pacientes que estão internados, todos os médicos que estão atendendo, o pronto atendimento desses hospitais e também o controle dos insumos que estão disponíveis para os pacientes”, explicou Okumoto.

Transparência

De acordo com o gestor, um dos pilares da sua administração será a transparência. Ele apontou que os processos de compra de medicamentos e equipamentos serão disponíveis à população e os profissionais da rede pública serão monitorados por meio da internet.

“A gente quer uma transparência em tudo, não só na questão das compras, mas também de quem está trabalhando. Todos os dados, toda produtividade do servidor será analisada e exposta. Temos como fazer esse monitoramento e disponibilizar para população.”

Futuro do Instituto Hospital de Base

Osnei Okumoto disse ter marcado dois encontros com o atual secretário de Saúde, Humberto Fonseca. Nas reuniões, eles devem falar da atual situação da saúde pública do DF e dados do Instituto Hospital de Base do DF.

Fachada do Instituto Hospital de Base de Brasília — Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

Fachada do Instituto Hospital de Base de Brasília — Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

O futuro secretário de Saúde afirmou que só então, com base nessas informações, poderá dizer se o instituto é mantido, ou se retoma a gestão do Base – que está nas mãos de uma entidade desde 11 de janeiro.

Com a mudança no modelo de gestão, o governo do Distrito Federal previu que, em um ano, a unidade de saúde ganharia 20% em produtividade com um orçamento igual ao executado dois anos atrás, de cerca de R$ 600 milhões.

Perfil

Okumoto é chefe da Secretaria Nacional de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da Saúde, desde abril de 2018. Ele está cedido à administração de Michel Temer pela Secretaria de Saúde do Mato Grosso do Sul.

Nesta segunda, ele anunciou dois nomes para a pasta. O secretário-adjunto de Atenção em Saúde será Sérgio Luiz da Costa. A pasta contará também com Francisco Araújo, que assumirá a secretaria-adjunta de Gestão.

O próximo secretário é formado em farmácia-bioquímica pela Universidade Estadual de Maringá, no Paraná. Ele já foi conselheiro regional de farmácia, conselheiro federal e presidente do Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso do Sul (CRF-MS).

Quando vivia em Mato Grosso do Sul, Okumoto foi filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT). A filiação foi feita em 1999 e cancelada, a pedido do novo secretário, em novembro de 2016.

Matéria do Portal G1

Fotos: Reprodução da matéria

Expressão Brasiliense

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